domingo, 24 de abril de 2011

O dia em que o tempo morreu.

Horas no domingo a fio.
Eu achava que era as 17 .
Mas começou a escurecer e vi que o relógio tinha parado.

Dai pensei que o tempo tinha morrido mesmo.
Mas esse dia eu era bem pequena.
Dentro, no espaço que minha mãe me deu.

O tempo todo que eu tinha, começou a se esvair dali.
E vai embora a toda hora. Todo, todinho, na hora.
Hoje já perdi o domingo.
Dia desses foram trinta anos.

Enquanto o tempo perde. Encontramos sentidos. Sentir .

domingo, 10 de abril de 2011

Músicas do domingo


Dancei ! 






Chorei . 

Deu branco ...

Me lembro agora que os bad boys sempre me atrairam. E colecionei nomes e histórias de típicos cafajestes. Não que tenha me relacionado com eles, mas de alguma forma platônica ou real, sim. Todos fizeram parte da construção do meu esteriótipo do homem "ideal para mim":
- Aquele que matava aula na oitava série para cabular aula e jogar futebol na pracinha, ali ao lado.
- Os que participam dos grêmios revolucionários achando que sua voz mudaria o mundo. Anti capital. Anti social. Anti coca cola.
- Os músicos, artistas, tatuados universitários, os que enchiam a cara e escreviam poesias em guardanapos.
- Os new hippies que acampavam e tocavam violão.
Qualquer tipo que nossos pais desaprovariam.

Mas nenhum deles, me instigavam.
Quando o relacionamento começava a ficar sério, eu também perdia a graça.
Não queria mais nada. Largava tudo. Sonhos, sogra, escova de dente. Tudo.

E partia em busca de minha solitude.

Minhas amigas todas me diziam que me casaria com um homem totalmente diferente de mim: um certinho. Contido. Comedido. Analítico. Pés no chão.

Me imaginei casando, de branco, no altar.
Flores, véu, grinalda, lua de mel.
Casa, conquistas filhos.
Mas esse homem deveria caber na forminha que criei para ele.
Durante todo esse tempo.
Deveria ser meu bad boy!

Foi quando em um momento desprevenido, conheci meu marido.
Com um encaixe nada dentro daqueles dogmas de homem ideal para mim.
Seu jeito calmo e despretensioso de quem queria uma aventura com uma menina meio maluquinha.
E todo frisson da conquista foi se estacionando num estar tão acalantador, que fomos ficando, ficando, namorando na mesma cidade, namorando a distancia, morando junto em kitnet apertadinha, morando junto em apartamento maior, comprando apartamento, pagando as contas, dividindo sonhos, sonhando com futuro em comum, fazendo planos diferentes e deixando pra resolver depois, por que a vida é só agora.

E eu não casei de branco.
Alias nem casei. Fiz contrato!
Mas ele é o homem com quem hoje divido meus momentos, e é bom.
Se um dia rolar de casa bonitinho, com família e festa e benção e lua de mel, vai ser ótimo!

É bom não pensar em formato pré definidos de vida.
No final das contas não temos manual a seguir, não é mesmo ?