quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vazio desesperado


   " Foi apenas um sonho"  me surpreendeu em pretensão. Nos anos 50, um casal visionário, preso na rotina de uma cidade de interior. Onde o dia a dia do casal, cada vez mais sufoca os sonhos do passado, dando espaço a vidinha com base familiar, tradicional e segura. E o bacana é que todos os impulsos malucos pela busca da realização pessoal vinha da mulher, que naquele ano o seu papel era basicamente o de boa esposa. A mulher que apoia e cuida da casa, dos filhos e da familia. Vanguardista o papel de Kate Winslet, que tornou sua fome pelo sonho em tormento, em vazio desesperado. 
Gosto dos diálogos do filme. E quando eles se comparam a loucos, por tentar seus sonhos. 
   Após asssitir ao filme de Sam Mendes ( Leia-se diretor de Beleza America / Away We Go me bateu aquela vontade louca de revirar o baú de desejos um tanto quanto empoeirados de me mudar para o exterior, de morar na praia ou de abrir um negócio. Acabamos sendo tão cômodos quanto práticos adiando nossos sonhos e relevando nossas vontades. E tudo isso me faz pensar que pode ser muito cedo para algumas aspirações ou tarde demais para outras.
Me resta apenas estender as mãos e pegar o que alcanço. E posso. E, por que não, mereço ?  
O final do filme, me deu a sensação de "preço" . Tudo na vida tem sua contrapartida. As vezes esperada, as vezes indigesta e pesada. 
Querermos o diferente do que se tem. Querermos algo novo. Por que não dar vazão a esse devaneio ? 

Se foi apenas um sonho ou se um dia será realidade :  Isso só o tempo nos dirá. 

domingo, 19 de junho de 2011

Quando paramos no meio do caminho

Delicia de escrita. Não para não. Não para nunca.
Sem nome, com nome antigo ou novo, é muito bom ler o que você escreve amiga. 
Continue. Com uma frase, ou muitos parágrafos. Mas não deixe ir embora essa vontade única de colocar em letras o que no pensamento voa!



As vezes a vontade surge. Mas o cansaço, preguiça, afazeres, a faz ir embora. 
As vezes um incentivo, nos faz olhar para nós mesmos.
E observamos o quanto estamos perdendo da vida. 


Que seja em guardanapos de barzinho, em contracapa de agenda, em blogs, em emails, cartas ou cartões de aniversário. 


Não deixarmos a vontade sufocada pela rotina é um desafio.